Corvo

O corvo é visto como símbolo tanto de morte, solidão, azar e presságios malignos quanto de astúcia, cura, sabedoria, fertilidade e esperança. Essa ave está comumente associada ao profano, à magia, bruxaria e metamorfose.

Simbolismo e Significado do Corvo

A ideia do corvo como portador de mau presságio, morte e azar é relativamente nova. No entanto, diversas culturas veem essa ave mística de forma mais positiva: para os ameríndios, ela representa criatividade e o sol; já para chineses e japoneses, o corvo simboliza gratidão, amor familiar e é visto como um mensageiro divino de bons augúrios.

Na China, o corvo de três patas simboliza o Imperador: é um tripé solar que representa nascimento, zênite e crepúsculo, ou seja, o sol nascente (aurora), o sol do meio-dia (zênite) e o sol poente (ocaso), juntos simbolizando a vida e as atividades do imperador.

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O cristianismo e a Europa talvez tenham sido os responsáveis pela interpretação negativa do corvo, uma visão que se espalhou pelo mundo incorporando-se a muitas crenças, religiões, mitos, lendas, etc. Para os cristãos, os corvos, que se alimentam de carne morta, tornaram-se mensageiros da morte e também associados a Satanás, com vários demônios sendo representados na figura do corvo, como Caim, Amon, Stolas, Malphas e Raum.

Na Índia, os corvos simbolizam mensageiros da morte, enquanto no Laos a água que essas aves usam não é apropriada para rituais por representar sujidade espiritual.

Na Mitologia Grega, o corvo tinha ligação com Apolo, Deus do Sol, atuando como mensageiro dos deuses devido a suas funções proféticas. Por isso, o corvo simbolizava a luz, visto que, segundo os gregos, ele tinha poder de afastar a má sorte. No “Popol Vuh”, um manuscrito Maia, o corvo aparece como mensageiro do Deus do trovão e relâmpago. Na mitologia grega, o corvo inicialmente era branco. Apolo encarregou um corvo de vigiar sua amante, contudo, ao se descuidar, a amante traiu Apolo, que transformou o corvo em uma ave negra como punição.

Na Mitologia Nórdica, o corvo é conhecido como companheiro de Odin (Wotan), deus associado à sabedoria, poesia, magia, guerra e morte. Na Mitologia Escandinava, dois corvos são vistos pousados no Trono de Odin: “Hugin”, que simboliza o espírito, e “Munnin”, que representa a memória; juntos, eles simbolizam o princípio da criação.

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