Dediquei alguns dias à tarefa de escrever sobre um tema recorrente no espaço das tatuagens: máquinas de tatuar. Senti que essa era uma responsabilidade que talvez fosse grande demais para mim.
A primeira coisa que me ocorreu foi: preciso aprofundar meu conhecimento sobre máquinas de tatuar! Me cobro bastante para ser precisa nas informações que compartilho. Vocês também sentem isso? Estou sempre me cobrando, desejando que tudo esteja perfeitamente detalhado. Tendo sido professora por alguns anos, não deixava de explicar até que todos os meus alunos compreendessem a matéria. Quero que quem me acompanha adquira as ferramentas necessárias para nutrir o desejo de aprender.
Portanto, fui pesquisar sobre as máquinas de tatuar para poder abordar o tema aqui. No início, pode parecer complexo, mas, ao compreendermos, tudo fica mais fácil!
Agora, vou compartilhar isso com vocês da maneira mais clara possível.
No universo das tatuagens, existem atualmente três tipos de máquinas de tatuar: bobinas, rotativas e pneumáticas. Hoje, focarei em duas: as de bobinas e as rotativas.
As bobinas foram as primeiras máquinas desenvolvidas e Thomas Edison está diretamente relacionado a essa área. E, como é do meu feitio, adoro mergulhar profundamente na história de tudo que investigo!
“NÃO ACREDITO, CAPITTOO!” – MAS PODE ACREDITAR, MEU AMOR!
Thomas Alva Edison (1847-1931) foi um inventor americano autodidata. Graças à descoberta da eletricidade por Benjamin Franklin (1706-1780), Edison desenvolveu a caneta elétrica, destinada a gravar em superfícies duras. Um americano em 1880, Samuel F. O’Reilly, percebeu o potencial dessa invenção, adaptando-a para tatuagens, criando assim a primeira máquina de tatuagem que funcionava através da oscilação eletromagnética, permitindo o movimento da agulha. O’Reilly patenteou essa máquina em 1891.
Em 1904, Charles Wagner, aprendiz de O’Reilly, incorporou duas bobinas à máquina elétrica. Essas bobinas, com um núcleo metálico enrolado por fio de cobre semelhante a um carretel, transformam energia elétrica em magnética, criando um ímã no núcleo e atraindo o batedor da máquina contra o núcleo.
Incrível, não?!
Mas vamos simplificar a linguagem, porque, assim como muitos de vocês, não sou especialista em física!
Máquina de Bobina:
Opera utilizando um eletroímã, e o movimento contínuo do batedor proporciona um movimento direto. A regulagem da máquina é influenciada por diversos aspectos como o material utilizado, comprimento das molas, voltagem, entre outros. É uma máquina que requer uma regulagem cuidadosa.
Tatuar pode parecer um desafio para iniciantes, mas não é algo inalcançável. Muitas vezes, essa máquina é escolhida por tatuadores que preferem agilidade em seus serviços devido à sua potência.
Aquele barulho temido pelos clientes, que faz parecer que a agulha atravessará seu corpo, é comum. A máquina de bobina, por ser mais potente, demanda um manejo cuidadoso para garantir que a aplicação da tinta seja controlada, pois sua velocidade é alta. Além de pesar mais, é necessário se acostumar, já que sua sensação difere bastante do peso de uma caneta, levando alguns iniciantes a considerarem desistir pela dificuldade em obter um traço perfeito.
Manter o equipamento regulado é crucial, o que torna a manutenção do maquinário essencial. Cuidar bem dos materiais usados é fundamental.
Confira:

Máquina Rotativa:
Movida por um motor, a máquina rotativa é mais moderna. A agulha se move através de um eixo giratório, permitindo maior adaptabilidade segundo tatuadores experientes. Com um movimento mais lento do que a bobina, essa máquina causa menos penetração na pele, possibilitando uma cicatrização mais rápida.
O barulho menos intenso é mais agradável para clientes, especialmente em sua primeira tatuagem.
O ruído intenso da bobina não é um problema – não somos contra as máquinas de bobinas, que possuem suas utilidades, mas realmente observamos essa diferença no dia a dia!
A leveza de uma máquina rotativa pode conferir mais segurança a um iniciante, permitindo um manuseio mais fácil e garantindo conforto ao cliente.
Diferente da bobina, as rotativas têm uma vida útil, mas não se preocupe: elas podem durar cerca de 160 mil horas de uso!
O motor possui um sistema de escovinhas que conduz energia e se desgasta com o tempo. Basta buscar a loja oficial para assistência na manutenção.
A máquina rotativa tornou-se popular entre iniciantes:
Imagine ter toda a responsabilidade de regular um equipamento enquanto ainda aprende a traçar! A tecnologia está aí para facilitar nossa vida e devemos aproveitá-la!
Muitas vezes, confiamos em materiais de qualidade indicados por outros profissionais. É vital pesquisar para evitar frustrações com o maquinário, e a equipe do Tatuagem Arte pode ajudar caso esse seja um tema de interesse!
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Foto de Capa: Photo by Lucas Lenzi on Unsplash