O Fauno é um símbolo de fertilidade em várias culturas. Na mitologia romana, ele era neto de Saturno e era visto como o deus das florestas e dos pastores, com o dom da profecia. O nome “Fauno” tem origem no latim Faunus, que significa “favorável”, e também da palavra Fatuus, ligada aos significados “destino” e “profeta”.
É crucial esclarecer que o termo Fauno é específico da mitologia romana, originando-se a partir de um mito sobre um rei da região central da Itália chamado Lácio, que passou por uma metamorfose e se transformou em deus.

Sincretismo do Fauno na Mitologia Grega e Romana
O personagem do fauno passou por várias fusões ao longo do tempo, principalmente entre a mitologia grega e romana. A cultura grega influenciou significativamente a cultura romana em várias áreas sociais e artísticas. Os romanos também apropriaram-se e adaptaram diversos personagens da mitologia grega para se adequar às suas necessidades específicas. Existem diversos mitos sobre o fauno, que apareceram em períodos distintos, com nomes e características variados.
Pã: Uma divindade grega que representa a personificação da natureza. Assim como o Fauno romano, ele governa os bosques e campos, os rebanhos e pastores, e simboliza a fertilidade. Reside em grutas e percorre vales e montanhas, gosta de tocar flauta, é um amante da música, alegre, sempre desfrutando das danças e dos prazeres da vida, o que o faz simbolizar as festividades. Ele tem chifres na testa, barba de bode, tronco e braços humanos, com cauda e pés de bode. Em alguns contos é descrito como uma divindade temida por humanos ou outras criaturas nas florestas à noite.
Silvano: Semelhante ao deus Fauno, a divindade romana Silvano compartilha várias características com o deus grego Pã. Silvano é um deus antigo do norte da Itália. Ele aparece na forma de um homem idoso com barba, sem características híbridas, e simboliza a fertilidade, protege as florestas e os bosques, apoia os agricultores e pastores, e é conhecido como um deus rural.

Pintura do artista francês William Bouguereau, “Ninfas e Sátiro”.
Faunos: No plural, fauno refere-se a seres bípedes, semideuses, descendentes do deus romano Fauno. Eles têm corpo parcialmente humano e parcialmente de bode. Representam festividades e são deidades brincalhonas que se divertem tocando flauta, dançando e bebendo. Possuem um grande senso de direção e podem guiar viajantes nas florestas, se forem favoráveis a eles, ou causar terror a humanos em áreas remotas.
Sátiros: Embora frequentemente confundidos com faunos, os sátiros têm diferenças, sendo originários da mitologia grega. Eles são vistos como espíritos da floresta livres, mais espertos e barulhentos que os faunos, com uma tendência a gostar de vinho e a perseguir ninfas pelos bosques. Em certos casos, são descritos como pequenos, peludos e feios, enquanto em outros são híbridos, metade homem e metade bode. Os sátiros também gostam de festividades, mas diferem dos faunos por terem mais gosto por álcool, além da dança e música. São seres alegres ligados à ruralidade. Sátiros mais velhos recebem o nome de Silenos.
Veja também:
- Simbologia de Cronos
- Simbologia de Zeus
- Simbologia de Hades
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