A morte simboliza o término de um ciclo e frequentemente é associada a aspectos negativos, como a escuridão e a noite. Ela atua como uma destruidora da existência (desmaterialização), de uma forma de existência específica, envolvendo o mistério de nos levar a mundos desconhecidos, ao inferno (sombrio), ao céu (paraíso), ou outros lugares segundo diferentes crenças e mitologias.
No que diz respeito ao elemento terra, a morte não significa necessariamente um fim definitivo. Ela pode representar uma transformação, uma revelação do desconhecido, sendo por vezes o início de um novo ciclo, simbolizando também regeneração e renovação. É interessante notar que, no esoterismo, a morte possui um caráter positivo, significando mudança profunda. O número 13 muitas vezes lhe é associado. No Tarô, por exemplo, o “Arcano 13”, diferente das outras cartas, não tem nome, sendo mostrado apenas por um número e pela figura de um esqueleto com um gadanho, frequentemente usado para representar a morte, mas que no Tarô simboliza o mistério.
Na Mitologia Grega, Tânato (Thánatos no grego), filho da noite, personifica a morte e tem a tarefa de ceifar as almas dos vivos, enquanto Hades é reconhecido como o deus dos mortos e dos mundos inferiores.
Representações da Morte
Nas culturas ocidentais, a morte costuma ser vista com um aspecto assustador, representada por caveiras ou pelo ceifeiro, que veste um manto preto com capuz e segura uma foice, ferramentas usadas para ceifar as almas.
Em iconografias antigas, a morte é retratada de diversas formas: dança macabra, esqueletos, cavaleiros, túmulos, entre outros. Animais também simbolizam a morte, principalmente os noturnos e pretos, ou aqueles que consomem cadáveres, como corvos, abutres, corujas, serpentes, entre outros. Interessantemente, o preto é a cor associada com a morte nas culturas ocidentais, enquanto no leste asiático, o branco é que a representa.
Dança da Morte
A dança macabra surgiu na Idade Média como uma alegoria de esqueletos animados, simbolizando a universalidade da morte, evidenciando sua natureza inevitável que une todos os seres.
Dia dos Mortos
Na cultura mexicana, os mortos são comemorados com grande festa em 01 de novembro, e a caveira mexicana se torna um símbolo popular de morte durante as festividades, aparecendo em decorações, culinária, doces, brinquedos, etc. Para os mexicanos, a morte representa a libertação máxima e deve ser celebrada com alegria.
Símbolos da Morte
Esqueleto
O esqueleto é uma personificação da morte, muitas vezes associado ao demônio. Nas antigas celebrações, ele era incorporado nos banquetes como um lembrete aos convidados sobre a brevidade e a efemeridade dos prazeres da vida, além da inevitabilidade da morte. Não podemos esquecer que o crânio humano (caveira) também é uma representação cultural da morte em várias tradições.
Túmulo
Os túmulos simbolizam imortalidade, sabedoria, experiência e fé. Contudo, os símbolos nas lápides podem variar, como os leões que simbolizam força, ressurreição, coragem, além de oferecerem proteção ao morto contra espíritos malignos.
No universo de crianças, borboletas são frequentemente vistas, uma vez que simbolizam a morte, a ressurreição e a brevidade da vida.
Foice
A foice, ferramenta do ceifador, serve de entrada para o além (mundo dos mortos, mundo espiritual) e reflete o término da vida terrena.
Ampulheta
Ícone do “Pai Tempo”, a ampulheta frequentemente encontra-se nas mãos do ceifador, simbolizando a transitoriedade da vida, a passagem do tempo e a inevitabilidade da morte.
Ceifador
O ceifeiro, ou ceifador, aparece nas culturas ocidentais como a personificação da morte, retratado como um esqueleto em um manto negro empunhando uma grande foice, instrumento que retira a vida.
Coruja
A coruja, animal noturno, é muitas vezes ligada a maus presságios, podendo ser um sinal da proximidade da morte. Em certas culturas, acredita-se que a coruja vem à terra para devorar a alma dos agonizantes.
Corvo
Considerado como portador de morte nas culturas ocidentais, o corvo, ave negra e necrófaga, está frequentemente associado a maus presságios e forças maléficas. Contudo, em outras culturas, o corvo é visto como símbolo de sabedoria e fertilidade.
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